Filosofemos …

Isabelamd

Arquivo de Janeiro, 2015

Matriz do 3º teste de Filosofia do 11º ano

A crítica de Hume à indução

O Problema da indução: teremos alguma vez justificação para inferir, a partir da repetição de um grande número de casos observados, uma conclusão acerca de casos ainda não observados?

 

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Novo Documento 2_9

Os problemas da existência do eu e do Mundo exterior

Problema da existência do eu

Intuitivamente supomos que os “eus” são entidades que persistem através do tempo e da mudança. Claro que acontecem mudanças na vida de uma pessoa, mas presumimos que não são essenciais: no fundo de cada um de nós há um substrato do nosso pensamento, da nossa percepção, de todas as nossas propriedades psicológicas. Esse substrato permanece inalterável. Hume defende que esta concepção de eu não tem base empírica. Assim, se por introspecção tentarmos compreender o que é afinal este eu, veremos apenas uma sucessão de impressões momentâneas e efémeras numa espécie de teatro em contínua mudança. Nada mais vemos além disto. A introspecção não capta qualquer substrato inalterável. Ora, o erro da nossa concepção intuitiva está no facto de a mente sentir a experiência de objectos relacionados como se fosse a experiência de um objecto único e imutável. O que se passa é que vemos unidade naquilo que de facto é diversidade. Logo, a introspecção apenas nos autoriza a conceber o eu como um feixe de percepções mutáveis, e não como um substrato permanente.

Problema da existência do mundo exterior

A mesma estratégia é seguida por Hume quando se trata de examinar a noção de mundo externo. Intuitivamente supomos que o mundo externo é feito de objectos estáveis. Mas aquilo de que temos experiência directa é momentâneo e efémero. Logo, a nossa concepção intuitiva de que o mundo é feito de objectos distintos e contínuos está errada. A experiência não fornece justificação para pensar desse modo.

Como acabaste de ver, a redefinição levada a cabo por Hume de crenças tão fundamentais como as de causalidade, inferência indutiva, eu e mundo externo pode abalar seriamente a tua confiança nas nossas capacidades de justificação racional. Essa é a razão que leva alguns filósofos a dizer que os seus argumentos são um exercício de cepticismo. Mas talvez Hume esteja apenas a dizer que o nosso conhecimento é mais limitado do que os racionalistas julgaram. Esta é precisamente a opinião de outros filósofos. Para eles, Hume é céptico em relação às afirmações de conhecimento a priori dos racionalistas, o que é muito diferente de ser céptico em relação à possibilidade global do conhecimento.

O ceticismo de Hume

Elabora uma banda desenhada no Pixton (http://www.pixton.com/br/) respondendo às seguintes questões:

1. Por que razão pensa Hume que o eu não é um substrato permanente?

2. Será que, segundo Hume, podemos justificar a nossa crença em objetos estáveis? Porquê?

3. Hume é um cético? Porquê?

Os trabalhos devem ser enviados para o seguinte email: professoraisabelduarte@gmail.com

Os Problemas do Eu e do Mundo Exterior

O PROBLEMA DO EUHume e o problema do eu

O PROBLEMA DO MUNDO EXTERIOR

Hume e o Problema do mundo exterior

Síntese da teoria do conhecimento de Hume

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O problema da causalidade

Esquema:

Tipos de conhecimento: Questões de facto e relações de ideias

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Hume – Impressões VS ideias

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“Hume utiliza o termo ‘perceção’ para referir quaisquer conteúdos da mente (…). As perceções ocorrem quando o indivíduo observa, sente, recorda, sente, recorda, imagina, e assim por diante, sendo que o uso atual da palavra cobre um leque muito menos vasto de atividades mentais. Para Hume, existem dois tipos básicos de perceções: impressões e ideias.

As impressões constituem as experiências obtidas quando o indivíduo observa, sente, ama, odeia, deseja ou tem vontade de algo. Hume descreve este tipo de perceções como sendo mais ‘vívido’ do que as ideias, termo com que o filósofo parece querer afirmar que as impressões são mais claras e mais pormenorizadas do que as ideias. As ideias, por sua vez, são cópias das impressões. (…)

Assim sendo, neste preciso momento, por exemplo, tenho uma impressão da minha caneta a movimentar-se pela página e de ouvir alguém a virar as páginas de um livro, atrás de mim, na biblioteca. Tenho, ainda, uma impressão da textura do papel a tocar na minha mão. Estas experiências sensoriais são vívidas (…). Mais tarde, enquanto estiver a escrever estas linhas no meu computador, lembrar-me-ei, sem dúvida, deste momento e recordarei as minhas impressões. Nessa altura, estarei a ter ideias e não impressões, ideias que não serão marcadas pela mesma vividez (ou vivacidade) que carateriza as impressões que estou a sentir neste momento e das quais as ideias serão cópias. (…) Segundo Hume, não existem ideias inatas, todas as ideias humanas são cópias de impressões. Por outras palavras, é impossível aos seres humanos ter uma ideia de algo que não tenham primeiro experimentado enquanto impressão.

Como lidaria, então, Hume com a capacidade de um indivíduo imaginar uma montanha dourada [ou uma sereia] embora nunca tenha visto uma e, logo, nunca tenha tido a impressão de uma? A resposta baseia-se numa distinção entre ideias simples e ideias complexas. As ideias simples derivam [diretamente] das impressões. (…) As ideias complexas são combinações de ideias simples. Deste modo, a ideia de uma montanha dourada nada mais é do que uma ideia complexa composta pelas ideias mais simples de ‘montanha’ e de ‘dourado’. E estas ideias simples derivam, em última análise, da experiência tida pelo indivíduo de montanhas e de objetos dourados.”

Nigel Warburton, “Grandes livros de filosofia”, Edições 70, Lisboa, 2001, pp. 98-99.

Esquema sobre “Os Problemas do Conhecimento”

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Conhecimento como Crença Verdadeira Justificada

Informação sobre o exame de Filosofia de 2015

Link: http://provas.iave.pt/np4/alunos_ee/%7B$clientServletPath%7D/?newsId=4&fileName=IE_EX_Fil714_2015.pdf

Prova de 2014

Critérios de Classificação